sexta-feira, 11 de setembro de 2009



O melhor a se fazer agora é esquecer. Esquecer tudo o que aconteceu num curto espaço de tempo, curto o suficiente para fazer uma pessoa se render a outra por amor. Esquecer as tentativas frustradas que por um minuto abriram as portas de um mundo fácil e me fizeram acreditar que eu finalmente havia sido escolhida pra fazer parte de um outro lugar, com aquela pessoa, um lugar que eu queria estar. Aquele lugar que faria com que todo silêncio virasse música e que faria com que todas as lágrimas fossem de felicidade. Esquecer todos os momentos de esperança quando eu ouvia um 'eu me importo muito com você', e de tristeza quando eu não ouvia um simples e frágil 'oi'.
Ok. Vai ser fácil, penso comigo mesma. Tantas coisas já passaram na minha vida e foram tão facilmente esquecidas. Vai ser fácil levar uma amizade sem (aparentemente) nenhuma segunda intenção. Não existe nada melhor do que o tempo para fazer tudo isso desaparecer. E quando eu voltar, será tudo diferente. Terei em mente outras coisas, pensamentos mais aprofundados de como será o futuro, sem ninguém para ocupar o tempo e as músicas que ouvirei. Assim espero.



- ''Eu fiz tudo o que podia
E dei tudo o que pude
Mas você tinha que seguir seu caminho
E aquela estrada não era para mim''
* a citação acima faz parte de uma musica
Acho incrível o fato de algumas pessoas se apaixonarem por outra em um curto espaço de tempo, e quando perguntam a si próprias o por que de amar tal pessoa não tem uma resposta, digamos, convicente o bastante. É isso quem tem acontecido comigo. Ao mesmo tempo que penso nele fico fazendo a mim própria esses questionamentos, e isso começou quando uma amiga minha perguntou (revoltada) o que eu via (e vejo) nele de tão especial.
- o que você vê nele? o que ele é pra você?
- ele? ele é o cara que me faz ficar feliz com apenas um sorriso, mesmo que na verdade ele não queira dizer nada, é o que me faz pensar que o próximo dia será melhor que o anterior. Mas a questão não é quem ou o que ele é, e sim quem eu sou com ele. Ele me faz rir à toa depois de um intervalo, me faz estremecer com apenas uma palavra, me faz gritar e ao mesmo tempo me acalmar com apenas um olhar.

Ficamos caladas por algum tempo, acho que ela não imaginava que eu iria responder com tanta facilidade e tanto amor. Perguntei o que ela via no garoto que gostava. Ela pensou consigo mesma e calou-se.

As palavras correm sem sentido pela minha boca, desde aquele dia em que tudo mudou. Eu tentei evitar pensar nele, mas como o faria?Quanto mais eu fazia isso mais ele se importava, isso foi estranho por que quando eu mais me importei com ele, mais ele me evitou.As vezes isso me leva a pensar que causo repulsa em algumas pessoas, por que as vezes elas parecem desaparecer tão rapidamente.
Foi assim com ele.
Eu me lembro do dia em que o conheci, eu nunca mais tinha sentido o que senti naquele exato momento, ele me fazia pensar em tudo de bom que eu havia passado, e quando olhava para mim eu me perdia em meu mundo e me arrepiava.O mais incrível disso tudo é que eu não me lembrava do seu rosto quando eu bem quisesse, mas quando eu pensava em seu sorriso, eu projetava a sua face em minha mente com tanta facilidade que eu mesmo nem sei explicar.
Mas eu também me lembro do ultimo dia em que nos encaramos como pessoas apaixonadas e do último momento que o sorriso dele era só meu.

Cansei de esperar as coisas virem.Cansei de olhar pela janela e não ver um mundo colorido.
Cansei de ler e não absorver nada.Cansei das pessoas.Cansei de esperar um mundo melhor.
Cansei de ouvir musicas sem sentido. Cansei da minha casa.Cansei da praia, da cachoeira, do rio.

Cansei ficar sentada numa cadeira esperando minha vez. Cansei de amigos interesseiros.
Cansei tentar. Cansei de me apaixonar. Cansei de correr.Cansei de acertar. Cansei de ficar calada.
Cansei de brigar.
Cansei de dormir.Cansei de chorar.Cansei de perder e de ganhar.
Cansei de cansar
!

Ela escolheu um lugar distante, onde sabia que ninguém(conhecido) a encontraria, e ela chorou, por que não há nada pior do que ser deixado por alguém que nós amamos. Prometeu nunca se apaixonar daquele jeito por ninguém, embora soubesse o quão idiota era essa promessa, mas sentiu-se confortada. Ela olhou para areia, para o mar, para as (poucas) pessoas passando e pensou o quanto era insignificante, pensou que se desaparecesse naquele momento ninguém perceberia. Solidão.Angústia.Raiva. Era isso que se passava por dentro do seu coração, que por muitas vezes julgou-o de pedra. Percebeu que não era fácil assim lidar com o coração (de pedra) despedaçado.
E caminhou em direção ao nada, pensando em encontrá-lo, por mais que ele tivesse a magoado, ela queria encontrá-lo e poder ouvir da sua boca o que estava acontecendo. Por que apesar de tudo, ela o amava.

PS.:
SOLIDÃO: ESTADO DE QUEM ESTÁ SÓ, LUGAR ERMO, SOLITÁRIO.

PS(2).:
AMOR: VIVA AFEIÇÃO QUE NOS IMPELE PARA O OBJETO DOS NOSSOS DESEJOS;
INCLINAÇÃO DA ALMA E DO CORAÇÃO.

PS(3).:
MÁGOA: É UM DESCONTENTAMENTO QUE, EMBORA FREQUENTEMENTE BRANDO, PODE DEIXAR RESQUÍCIOS QUE PODEM DURAR UM BOM TEMPO.

Inverno é como uma fase da vida: inevitável. Por mais que queiramos evitá-la ela sempre vem, seja como aquele amor platônico, ou aquela fase um pouco ''sem noção'' da infância.Por isso digo que são os Invernos da vida, talvez por ser a parte um tanto obscura da nossa existência,ou por que simplesmente não conseguimos evitá-las.
As vezes acho estranha a forma das pessoas (que por incrível que pareça se julgam normais) de lidarem com essa estação. Algumas acham ela chuvosa o bastante pra atrapalhar seus planos, outras acham ela insignificante. Eu acho ela divina, aquele frio (arrepiante?) que passa por entre meus dedos nesses insignificantes dias, me deixam mais excitada com a vida, acho que é porque vivo numa dessas cidades que reinam o sol e a praia. Os meus sentimentos são mais balanceados nessa estação. Agora é só esperar a primavera. A época mais apaixonante do ano, aquela em que literalmente tudo são flores(?). Esperar aqueles sentimentos mal resolvidos, se resolverem, ou tornarem-se menos complicados.